Páginas

domingo, 20 de janeiro de 2013



Revirei-me a noite inteira pela cama. O pensamento de levantar me faz mal, doí-me no fundo ter que enfrentar o mundo mais uma vez sabendo que as coisas não estão do jeito como imaginei que estivessem. Acordar já foi um grande passo, mas, penso que levantar seria pedir demais de meu corpo que ainda carrega feridas da última decepção, não uma decepção amorosa como de costume, mas uma decepção de alma, uma decepção que minha própria alma criou para si. Sentir a dor não é fácil, por isso permanecer deitada faz com que ela estava nivelada ao meu corpo, que esteja próxima de meu coração. A faz parecer leve, não tenho que me esforçar ao máximo para carregá-la. Juro que tentei muitas vezes ficar de pé, mas, tive outra escolha. Era a melhor solução para o dia. Quem sabe amanhã, eu me levante um pouco mais disposta que no dia de hoje, quem sabe, as coisas se acertem, a tendência seria piorar eu sei, mas , prefiro acreditar fielmente que tudo pode ser por em seu lugar. Não sei o que quero de mim, mas, a dor desconfortável bem que poderia me mostrar umas das muitas respostas que surgem em mim, estou precisando esclarecer uma pendências com meu ego. Ele não anda nada bem. Está abalado, está disperso em seu canto, triste, sem alegria contagiante em seus olhos. é como se eu pudesse falar com meu subconsciente atônito que permanece queto no canto do sofá, se escondendo do peso das decepções. As perguntas que ele faz, dificilmente serão respondidas enquanto emu corpo estiver pesado sobre esta cama, completamente estirado e por um bom tempo, ele terá de permanecer perdido em suas próprias perguntas e próprias respostas. Simplesmente seria encontrar as respostas certas, mas, não tenho coragem nem pra isso. Enquanto as pessoas não insistirem em saber, não insistirem em me procurar pedida nos lençóis eu sei que ele continuará lá, perdido em seus devaneios e com medo de se olhar refletido no espelho que está atrás de suas costas, no fundo sei que sou eu refletida em emu subconsciente, todos os medos que carrego estão com ele, e até mesmo a vontade de permanecer perdida na cama. Continuo com o pensamento fiel de que levantar me faria uma mal absurdo que não se ode prever os prejuízos, continuar deitada é a melhor solução.

Nenhum comentário:

Postar um comentário