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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Bem vindo ao espetáculo !


Lá se vai mais um momento do meu teatro de marionetes. Quem é a marionete? Eu. A personagem principal aquela que mais aparece na peça simplesmente por é mais fácil lidar com as cordas que a guiam. Não que eu me faça de marionete nem que eu seja uma marionete nas mãos dos outros, embora todos achem que sou assim. Toda hora um boneco de marionete pode arrebentar sua corda por não aguentar mais tanta pressão de ser guiado por muito tempo. Que tal a experiência da liberdade das cordas que nos aprisionam bem no fundo. Um espetáculo a parte é a minha vida, a vida daquela impecável marionete que se arrebentou e não pode mais ser usada até sofrer um bom concerto. E se isto tudo ao invés de um teatro de marionetes, não passasse de uma história de super-heróis, daqueles sabe que ganham a mocinha no fim e que são os defensores de sua pátria. Eu com certeza seria só a figurante de cada cena, já que neste espetáculo seria melhor ser figurante a ter de conviver com os grandes vilões dos quadrinhos. Ou eu até podia ser a mocinha que sofre mil coisas para no fim então ficar com o herói desejado e sumir do mapa com vários disfarces. Disfarces. Minha maior especialidade me disfarçar para esconder o que sinto e o que sou, ninguém sabe ao certo tudo o que guardo em mim e o que sei da vida, pois se soubessem eu poderia passar a ser a vilã malvada e carrancuda da história, tipo a madrasta que leva a maçã envenenada, eu seria deste modelo. Embora eu não me veja neste papel sombrio da história, da minha história em quadrinhos, do meu teatro de marionetes, dos meus disfarces, dos meus contos de fadas. Se bem que gosto de ver em cada personagem tanto na marionete quebrada, quanto na madrasta que envenena alguém com a Branca de neve. Eu sou assim, e ai de quem tentar mudar cada personagem meu, inclusive a mocinha que sempre sai ganhando o bonitão da história, sem saber se tudo vai dar certo ou não.

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